Curso Básico de Formação em PNGATI para o Cerrado – Módulo 4

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Curso Básico de Formação em Política Nacional de Gestão Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI) para o Cerrado.

Módulo 4

” Instrumentos de Gestão Territorial e Ambiental”

Objetivos d Módulo 4:

Identificar e discutir instrumentos e mecanismos de implementação da PNGATI.

Discutir a interface entre os sistemas de conhecimentos ambientais indígenas e os sistemas ocidentais.

Favorecer o diálogo de saberes de modo a produzir informações qualificadas a fim de viabilizar a implementação da PNGATI.

Funai Sede, Brasília/ DF, 14 a 19 de março 2016

 

Povo A´uwe Uptabi participa da oficina DGM BRASIL

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Oficina DGMBrasil em Cuiabá (03 a 05 março) teve como objetivo potencializar a participação dos Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais (PICTs) no bioma Cerrado, na promoção do uso sustentável e na melhoria da gestão de suas terras, restauração de ecossistemas e agroecossistemas, para redução da pressão sobre seus recursos naturais e territórios, e redução dos efeitos das mudanças climáticas, melhorando suas condições de vida.

Ĩsari: Danho’re tédé Sepultura méhã

ARQUIVO DA GRAVAÇÃO DE MÚSICA COM BANDA SEPULTURA, 1996

 

A foto de capa desta página traz um raro registro faz parte do acervo do Ponto de Cultura Apow’ê. Nela, os irmãos Cavallera, Max e Igor, integrantes da formação original da banda Sepultura, são instados por Paulo Cipassé a posarem para uma lente Xavante.

Este ano (2016)  marca os 20 anos desta importante e inovadora parceria que resultou na gravação da música Itsari, que significa raiz na língua Xavante (a grafia correta é ĩsari). Colecionaremos nesta página notícias e materiais que a repercutem e outros registros que forem encontrados.

Materiais:

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notícia em 19/02/2016: uol

Kampf ums Klima (Luta pelo clima)

link para texto original em alemão: kampf-ums-klima

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[ foto área da Aldeia Wede’rã feita com uma pipa ]

 

O jornal alemão Süddeutsche Zeitung, editado na cidade de Munique, publicou no dia 08 de janeiro de 2016 um texto abordando trabalho realizado na Aldeia Wede’rã, em novembro de 2015, em parceira com: Princeton Conflict Shorelines Project, Forensic Architecture e Wede’rã LAB.

 

Abaixo, tradução do texto em alemão para o português realizada pela Professora Ruth Künzli, do CEMAARQ/FCT/UNESP:

 

Luta pelo clima

Na região da Amazônia a mata está queimando novamente. É uma catástrofe ecológica, que é desejada politicamente é desejável, de acordo com os ativistas e cientistas do Grupo “Conflict Shorelines”.

De Jörg Häntzschel

“A viagem à Wede’rã é como uma viagem através da mudança do clima”, conta o arquiteto Paulo Tavares. Ele esteve há pouco tempo com seus alunos nessa aldeia no sudoeste do Brasil, para juntamente com os habitantes indígenas documentar a derrubada da mata ao redor da aldeia. A transformação da mata em fazendas de soja e pastagens de gado ameaça da existência das tribos.

Aqui se trata de mudança de clima, mas num regional, e ela não o resultado de dezenas de anos de poluição do ar, mas de interesses políticos e forças de mercado. Movido por uma ideologia de crescimento ultrapassada e preços altos das matérias primas o governo de esquerda do Brasil persegue hoje o mesmo objetivo que os generais durante a ditadura militar (1964-1984): a “modernização” da região amazônica. Ele constrói novas estradas, barragens, minas, libera sempre mais mata para a derrubada e entrega a terra para grandes empresas, que a transformam em plantações hightech. Um série de novas Leis, pelas quais se empenham sobretudo os poderosos latifundiários, reduziriam os direitos e dos nativos e a proteção das matas. Também os assassinatos de ativistas indigenistas e protetores do meio ambiente têm aumentado.

Tavares preocupa-se desde há muito tempo com a luta da indústria agrária com os nativos. Seu colega de Princeton, o cientista e ativista Eyal Weizman, examina e documenta tais conflitos com os meios da prática forense. Juntamente com o cientista literário Eduardo Cadava e do fotógrafo teuto-italiano Armin Linke criaram o projeto “margens do conflito”, através do eles pesquisam as implicações ecológicas e políticas da transformação do clima querem promover o debate aberto.

Para Tavares a destruição da região amazônica é uma edição recente do colonialismo; e o clima mais seco e mais favorável à agricultura que daí resulta não é apenas efeito colateral, mas arma: a derrubada da mata, mudança climática e força política são muito unidos”. Que essa guerra regional pelo clima tem também consequências fatais para o clima mundial, é absolutamente claro.