Ocupação Xavante @ SESC/SP, Birigui

Programação de Oficinas, Mostra de Filmes e Palestras, entre 07 e 11 de Novembro, 2018, em Birgui/SP.

Programação Filmes:

Darini e Oi’ó

Dia 7/11, quarta, das 17h às 18h30

 

Tem que ser curioso e Wapté Mnhõno

Dia 8/11, quinta, das 17h às 18h30

 

Imanado e Ondas Curtas

Dia 9/11, sexta, das 17h às 18h30

 

Programação Palestras:

A prática do documentário na cultura xavante

com Caimi Waiassé e Leandro Parinai’a

 

Cinema Xavante e outras estratégias para a defesa do Cerrado

com Paulo Cipassé

 

O cinema na trajetória política dos Xavante

com Samuel Leal

Apropriação tecnológica por Povos Tradicionais

com Chico Caminati

 

 

Programação Oficina:

Minicurso de produção de documentário

com Caimi Waiassé, Leandro Parinai’a, Samuel Leal, Chico Caminati e Paulo Cipassé

Curadoria:

Aline Y. Hasegawa (SESC/SP e Wederã LAB)

 

Waro mãdö: como vivem os warazu

Waro mãdö significa em a’uwẽ mreme (língua xavante): como eu vejo.

Pontal Sereuwazaowe Xavante é um jovem estudante indígena que está realizando um intercâmbio de duração de 2 meses em São Paulo. Interessado em prestar vestibular, veio conhecer a FCT/UNESP para saber como funciona uma universidade. Também tinha o objetivo de aprimorar seu domínio sobre a língua portuguesa e conhecer como os warazu vivem. Warazu é termo utilizado pelos A’uwẽ Uptabi (Xavante) para designar os brancos, significa estrangeiro. Nessa roda de conversa, apresentará algumas reflexões sobre o que aprendeu em sua viagem, principalmente sobre o modo como o warazu vive, comparando e contrastando com o modo como se vive em sua aldeia, Wederã, na Terra Indígena Pimentel Barbosa, Mato Grosso.

Local: Laboratório de Antropologia/CEMAARQ [FCT/UNESP — Presidente Prudente/SP]

16/08/2018, 15h

Será possível acompanhar e participar da roda de conversa pelo link: https://meet.jit.si/Pontal 

Crédito da imagem do cartaz: Acervo Ponto de Cultura Apowẽ, registro produzido no ritual Danhono de 2011.

Seminário Nacional sobre Formação Indígena para a Gestão Territorial e Ambiental

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A abertura do Seminário Nacional sobre Formação Indígena para a Gestão Territorial e Ambiental teve início na manhã de ontem (04), no Centro Cultural de Brasília – DF, com a participação de indígenas das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, representantes de organizações indigenistas, da Funai e de organizações internacionais.

O Seminário é uma realização do Projeto GATI (Gestão Ambiental e Territorial Indígena), da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF) e do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). O evento também conta com apoio do Centro de Trabalho Indigenista (CTI), da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé).

 

 

Ĩsari: Danho’re tédé Sepultura méhã

ARQUIVO DA GRAVAÇÃO DE MÚSICA COM BANDA SEPULTURA, 1996

 

A foto de capa desta página traz um raro registro faz parte do acervo do Ponto de Cultura Apow’ê. Nela, os irmãos Cavallera, Max e Igor, integrantes da formação original da banda Sepultura, são instados por Paulo Cipassé a posarem para uma lente Xavante.

Este ano (2016)  marca os 20 anos desta importante e inovadora parceria que resultou na gravação da música Itsari, que significa raiz na língua Xavante (a grafia correta é ĩsari). Colecionaremos nesta página notícias e materiais que a repercutem e outros registros que forem encontrados.

Materiais:

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notícia em 19/02/2016: uol

Kampf ums Klima (Luta pelo clima)

link para texto original em alemão: kampf-ums-klima

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[ foto área da Aldeia Wede’rã feita com uma pipa ]

 

O jornal alemão Süddeutsche Zeitung, editado na cidade de Munique, publicou no dia 08 de janeiro de 2016 um texto abordando trabalho realizado na Aldeia Wede’rã, em novembro de 2015, em parceira com: Princeton Conflict Shorelines Project, Forensic Architecture e Wede’rã LAB.

 

Abaixo, tradução do texto em alemão para o português realizada pela Professora Ruth Künzli, do CEMAARQ/FCT/UNESP:

 

Luta pelo clima

Na região da Amazônia a mata está queimando novamente. É uma catástrofe ecológica, que é desejada politicamente é desejável, de acordo com os ativistas e cientistas do Grupo “Conflict Shorelines”.

De Jörg Häntzschel

“A viagem à Wede’rã é como uma viagem através da mudança do clima”, conta o arquiteto Paulo Tavares. Ele esteve há pouco tempo com seus alunos nessa aldeia no sudoeste do Brasil, para juntamente com os habitantes indígenas documentar a derrubada da mata ao redor da aldeia. A transformação da mata em fazendas de soja e pastagens de gado ameaça da existência das tribos.

Aqui se trata de mudança de clima, mas num regional, e ela não o resultado de dezenas de anos de poluição do ar, mas de interesses políticos e forças de mercado. Movido por uma ideologia de crescimento ultrapassada e preços altos das matérias primas o governo de esquerda do Brasil persegue hoje o mesmo objetivo que os generais durante a ditadura militar (1964-1984): a “modernização” da região amazônica. Ele constrói novas estradas, barragens, minas, libera sempre mais mata para a derrubada e entrega a terra para grandes empresas, que a transformam em plantações hightech. Um série de novas Leis, pelas quais se empenham sobretudo os poderosos latifundiários, reduziriam os direitos e dos nativos e a proteção das matas. Também os assassinatos de ativistas indigenistas e protetores do meio ambiente têm aumentado.

Tavares preocupa-se desde há muito tempo com a luta da indústria agrária com os nativos. Seu colega de Princeton, o cientista e ativista Eyal Weizman, examina e documenta tais conflitos com os meios da prática forense. Juntamente com o cientista literário Eduardo Cadava e do fotógrafo teuto-italiano Armin Linke criaram o projeto “margens do conflito”, através do eles pesquisam as implicações ecológicas e políticas da transformação do clima querem promover o debate aberto.

Para Tavares a destruição da região amazônica é uma edição recente do colonialismo; e o clima mais seco e mais favorável à agricultura que daí resulta não é apenas efeito colateral, mas arma: a derrubada da mata, mudança climática e força política são muito unidos”. Que essa guerra regional pelo clima tem também consequências fatais para o clima mundial, é absolutamente claro.

 

 

 

A'uwe Wedeze ãmã hã

DAPODO DURÉIHÃ A’UWE UPTABI MREME ẼIWI HÃ

 

Ãhã dapodo hã duréihã (1948) Capitão Monteiro nhimi podo, ĩ’ra te we ĩsõmri Ponto de Cultura Apowe mã daro Wede’rã u.

 

Essas fotos antiga (1948) foram feitas pelo Capitão Monteiro da Força Aerea Brasileira, doadas pelo seu filho para o Ponto de Cultura Apowe da aldeia Wede’rã.